“Em 2019, o Brasil manteve-se como o 7º maior produtor de TIC e Telecom do mundo, apresentando uma importante distância a ser superada em relação à França (6º colocado) e aproximação do Canadá que recuperou sua posição em 8º após ter sido superado pela Índia em 2018”. A afirmação foi feita em relatório da Brasscom em abril de 2020[1].
Em relatório divulgado em dezembro de 2019 pela International Data Corporation (IDC)[2], dentre as previsões para os próximos cinco anos para a América Latina no mercado de TI destacam-se os gastos em transformação digital, gerenciamento de nuvem e empresas produtoras de software. Por sua vez, o déficit do setor em 2020 estaria em torno de 570 mil profissionais. Para o ano de 2022, a IDC antevê que mais da metade das empresas da América Latina terão gerenciamento integrado na nuvem, e que em 2025 cerca de 50% das empresas da região serão produtoras ativas de software, com mais de 90% das novas aplicações nativas em nuvem. Ainda para 2025 a previsão é de que mais da metade das novas aplicações empresariais terá Inteligência Artificial, sendo que já para 2024, mais de 35% das interações com interface de usuário usará vídeo inteligente, fala, processamento de linguagem natural e realidade virtual ou aumentada.
O Departamento do Trabalho dos EUA (DoL, na sigla em inglês) forneceu em 2016 uma análise detalhada das perspectivas de emprego em Tecnologia da Informação e Computação até 2026[3]. No geral, o emprego no setor deve crescer 13% acima da média entre 2016 e 2026, e mais de meio milhão de novos empregos serão criados, com a demanda gerada pelo maior foco em computação em nuvem, coleta e armazenamento de Big Data e segurança da informação. Os desenvolvedores de software formam o grupo mais numeroso, tanto em 2016 quanto na projeção de 2026, seguidos por especialistas em suporte e arquitetos de redes. O crescimento mais rápido se dará nas ocupações de analista de segurança da informação (28%), desenvolvedor de software (24%) e cientista da computação e da informação (19%).
De acordo com relatório de 2018 do Fórum Econômico Mundial[4], as principais tendências que impactarão positivamente o crescimento dos negócios até 2022 são o aumento da adoção de novas tecnologias e disponibilidade de dados e avanços em internet móvel, inteligência artificial e tecnologias em nuvem. Em comparação com outros setores, as perspectivas para o setor de TIC apresentam a maior previsão de crescimento de empregos, além de grande determinação das empresas em optar por investimentos na requalificação de seus funcionários atuais, tendência crescente de contratação de trabalhadores por prazos mais curtos e colaboração com instituições de ensino. Outra estratégia para suprir a alta demanda por profissionais inclui abrir mão de diploma de nível superior e investir em treinamentos e certificações específicas de acordo com os interesses dos empregadores.
Referências:
[1] https://brasscom.org.br/wp-content/uploads/2020/04/P-2020-04-09-Coletiva-de-Imprensa-Relat%C3%B3rio-Setorial-2019-v15.pdf
[2] https://itforum.com.br/noticias/mercado-de-ti-cresce-mas-tera-deficit-de-570-mil-profissionais-em-2020/
[3] https://www.houseofbots.com/news-detail/2054-1-it-jobs-in-2020-preparing-for-the-next-industrial-revolution
[4] http://www3.weforum.org/docs/WEF_Future_of_Jobs_2018.pdf